Uma das notícias mais comentadas nas redes sociais neste fim de semana foi a
condenação por danos morais do apresentador do Jornal da Band, Boris Casoy, na
ação movida contra ele por advogados que representaram o gari Francisco Gabriel
de Lima. Bóris e a TV Bandeirantes terão de pagar uma indenização de R$ 21
mil.
A história ocorreu em 2009 e envolve preconceito e discriminação. Na época, ao lado de outro trabalhador, Francisco foi personagem de uma reportagem do jornal que terminou com a dupla desejando “um feliz Natal” a todos os brasileiros. O vazamento de um áudio expôs o verdadeiro perfil do apresentador, que comentou rindo: “que merda, dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras, o mais baixo na escala do trabalho”.
Clique aqui para relembrar o caso.
A falha técnica acabou por escancarar o incômodo que causam os trabalhadores, especialmente aqueles considerados eternos subalternos aos olhos da elite brasileira. Quando não ocupam o lugar que aos olhos dos conservadores deveria lhes caber, provocam arrepios. Seja com uma vassoura, seja com bandeiras nas ruas lutando por direitos e arrancando conquistas.
Incomodam quando entram na universidade, quando ocupam lugar no elevador social e não mais o de serviço e quando passam a frequentar lugares anteriormente destinados a uma minúscula fatia social. Como a presidência da República. Aí, causam mesmo é a sensação de que chegaram longe demais. Precisam ser combatidos.
Seria muito bom para o país que a condenação de Boris Casoy servisse para uma profunda reflexão sobre a forma como os grandes meios de comunicação retratam a maior parte dos brasileiros e também sobre a necessidade de lutarmos pela democratização do acesso à informação no Brasil.
Cabe verificar nesta semana se programas da emissora como o CQC, o Pânico (onde há uma personagem baseada em Boris Casoi), e o Jornal da Band tratarão do tema neste semana. Será que os jornalistas comentarão o caso?”
Para finalizar, deixo aqui o link da nota que a CUT e a Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços divulgaram na época do caso.
A história ocorreu em 2009 e envolve preconceito e discriminação. Na época, ao lado de outro trabalhador, Francisco foi personagem de uma reportagem do jornal que terminou com a dupla desejando “um feliz Natal” a todos os brasileiros. O vazamento de um áudio expôs o verdadeiro perfil do apresentador, que comentou rindo: “que merda, dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras, o mais baixo na escala do trabalho”.
Clique aqui para relembrar o caso.
A falha técnica acabou por escancarar o incômodo que causam os trabalhadores, especialmente aqueles considerados eternos subalternos aos olhos da elite brasileira. Quando não ocupam o lugar que aos olhos dos conservadores deveria lhes caber, provocam arrepios. Seja com uma vassoura, seja com bandeiras nas ruas lutando por direitos e arrancando conquistas.
Incomodam quando entram na universidade, quando ocupam lugar no elevador social e não mais o de serviço e quando passam a frequentar lugares anteriormente destinados a uma minúscula fatia social. Como a presidência da República. Aí, causam mesmo é a sensação de que chegaram longe demais. Precisam ser combatidos.
Seria muito bom para o país que a condenação de Boris Casoy servisse para uma profunda reflexão sobre a forma como os grandes meios de comunicação retratam a maior parte dos brasileiros e também sobre a necessidade de lutarmos pela democratização do acesso à informação no Brasil.
Cabe verificar nesta semana se programas da emissora como o CQC, o Pânico (onde há uma personagem baseada em Boris Casoi), e o Jornal da Band tratarão do tema neste semana. Será que os jornalistas comentarão o caso?”
Para finalizar, deixo aqui o link da nota que a CUT e a Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços divulgaram na época do caso.
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