Em relação a um empregado efetivo, o
trabalhador terceirizado ganha até 50% menos, enfrenta jornada mais longa e em
condições piores, está mais sujeito a acidente de trabalho e não tem assegurados
muitos dos direitos trabalhistas previstos na legislação brasileira.
Essa relação direta entre terceirização e precarização nas relações de trabalho foi confirmada por advogados trabalhistas e por representantes do Ministério Público, dos auditores fiscais do Trabalho e de centrais sindicais, em debate nesta terça-feira (27), na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Calote
Um problema recorrente nesse tipo de
contratação é o descumprimento de obrigações trabalhistas
pelas empresas terceirizadas, ao final dos contratos. Os trabalhadores têm carteira
assinada pela empresa terceirizada, que assim que termina o contrato,
desaparece. Eles entram com processos, procuram os donos, que não são
encontrados, porque são de estados diferentes.
Estatísticas referentes a acidentes de trabalho confirmam as condições inadequadas enfrentadas pelos terceirizados: de cada dez trabalhadores acidentados no Brasil, oito são terceirizados.
A terceirização transforma o trabalhador em mercadoria, “que se pode alugar, vender e, quando não se quer mais, jogar fora”.
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