quarta-feira, 2 de maio de 2012

Protestos no 1º de Maio em todo o mundo (menos no Brasil)

Nos cinco continentes, milhões de pessoas foram às ruas em celebração ao Dia do Internacionalismo Proletário.

No Chile, milhares de trabalhadores voltaram a protagonizar  enfrentamentos com a tropa de choque da polícia, na capital Santiago, em comemoração ao Dia Internacional do Trabalhador. A manifestação teve início na Estação Central, no centro da cidade, e percorreu a tradicional avenida Alameda.

Na Grécia, os trabalhadores e a juventude, que há anos vêm protagonizando os mais combativos protestos contra o capital na Europa, se manifestaram contra as medidas de austeridade e o desemprego crescente. As manifestações ocorreram faltando cinco dias para as eleições que levarão à formação de um "novo" governo.

Na Alemanha, há 25 anos o 1º de Maio é realizado com confrontos entre os trabalhadores e a polícia. Este ano não foi diferente. Na véspera, a polícia atacou um protesto no bairro de Wedding, em Berlim. Os manifestantes lançaram pedras e garrafas contra a tropa de choque. Os alemães também se manifestaram contra as organizações de extrema-direita que atuam no país.

Na Itália, milhares de manifestantes marcharam em passeata em diversas cidades. Em Turim houve confrontos entre manifestantes e a polícia.

Na Espanha, mais de 500 mil manifestantes em pelo menos 80 cidades protestaram contra a crise e o desemprego, que ultrapassa os 24% no país. As mobilizações foram convocadas pelas principais centrais sindicais. Os espanhóis são contra a "reforma" trabalhista introduzida pela gerência Mariano Rajoy e o orçamento mais austero das últimas décadas. Em Madri e Barcelona aconteceram as maiores mobilizações.

Na França, os trabalhadores em luta contra as medidas antipovo de Nicolas Sarkozy realizaram o 1º de Maio a cinco dias da segunda fase das eleições presidenciais em que irão se enfrentar o atual "presidente" e o "socialista" François Hollande. Pelo menos 289 manifestações aconteceram no país. Os movimentos classistas da França afirmam que, independente de quem ganhe as eleições, nada mudará na vida do povo.

Nas Filipinas, 3000 pessoas seguiram até o palácio do governo na capital Manila exibindo fotos do presidente Benigno Aquino em que ele aparece como um cachorro sob as ordens dos monopólios internacionais. Um grande boneco representando Aquino foi queimado. No país, há décadas as massas operárias e camponesas vêm travando uma guerra popular, sob a direção do Partido Comunista das Filipinas, contra o Estado fascista.

Na Turquia, a Praça Taksim, em Istambul, voltou a ser palco de grandes mobilizações. Só em 2010 que o Estado fascista turco voltou a permitir as celebrações de 1º de Maio que eram proibidas desde 1977, devido a uma manifestação realizada nesse ano em que a polícia atacou a multidão causando 34 mortes. Também na Turquia as massas trabalhadoras protagonizam uma guerra popular, que em 2012 completa 40 anos.

Em Jacarta, na Indonésia, milhares protestaram por aumentos salariais na maior passeata do 1º de Maio desse ano na Ásia.

Na Rússia, milhares de pessoas foram ao centro de Moscou. Os manifestantes percorreram a Rua Tverskaya para exigir o cumprimento das garantias sociais e os direitos dos trabalhadores. As organizações classistas do país repudiaram o ato público convocado pelo governo Vladimir Putin em apoio a suas políticas antipovo.

No USA, membros do movimento Occupy Wall Street foram às ruas de Nova York com a proposta de realizar uma greve geral no país. A polícia interviu prendendo cerca de 30 pessoas. Protestos semelhantes foram realizados em Los Angeles, Chicago, Oakland, São Francisco e Washington.

Em Hong Kong, manifestantes exigiram melhorias nas aposentadorias, redução da jornada de trabalho semanal e aumento salarial.

Em Portugal, a multidão marchou pela Avenida Almirante Reis, em Lisboa, contra os planos de austeridade do governo. Também na Cidade do Porto, mesmo debaixo de chuva, os trabalhadores se manifestaram.

Em diversos outros países, na América, Ásia, África, Oceania e Europa, organizações populares e revolucionárias realizaram mobilizações e lançaram notas e comunicados em celebração ao 1º de Maio.

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